sábado, 30 de julho de 2011

Brasileiro come mal fora de casa, mostra IBGE


RIO - O brasileiro não aproveita a refeição fora de casa para comer melhor, porque muitas vezes esse consumo está diretamente associado ao lazer e, consequentemente, à busca pelo prazer. É por isso que o percentual de consumo fora do domicílio mais elevado encontrado foi o de cerveja, com 63,6%.

Pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ministério da Saúde, mostra que, logo após a cerveja, o brasileiro consome fora de casa em grande quantidade salgadinhos industrializados (56,5%), salgados fritos e assados (53,2%), bebidas destiladas (44,7%), pizzas (42,6%), sanduíches (41,4%), refrigerantes diet ou light (40,1%), refrigerantes comuns (39,9%), salada de frutas (38,8%) e chocolates (36,6%).

A pesquisa mostrou ainda que o homem consome mais do que a mulher a maioria dos alimentos ingeridos na rua, com exceção para produtos diet e pães integrais. Mas isso não quer dizer que as mulheres tenham necessariamente uma dieta fora de casa melhor do que a dos homens, porque elas também foram campeãs no consumo fora de domicílio para biscoitos doces, chocolates, sorvetes e salgadinhos industrializados.

Em relação ao percentual de consumo fora do domicílio nas regiões, o consumo de batata frita foi muito maior no Nordeste (72,2%), do que nas demais regiões. O consumo de massas fora do domicílio foi quatro vezes maior na Região Centro-Oeste (27,9%) do que no Norte (7,6%). No Sul, o destaque foi de outros pescados (69,5%), pães, bolos e biscoitos diet/light (48,3%) e linguiça (27,0%). No Norte, 91,5% do consumo de cerveja e 96,2% dos salgadinhos industrializados ocorreram fora do domicilio, da mesma forma que 72,6% do consumo de vinho no Nordeste.

Juntando-se todo o consumo de alimentos por regiões, dentro e fora de casa, o IBGE constatou que na área rural o consumo de arroz, feijão, peixes frescos e farinha de mandioca é superior ao ingerido nas áreas urbanas. Em contraste, nas cidades o consumo de refrigerantes foi bem maior, assim como o de pão de sal, cerveja e sanduíches.

O consumo de feijão se destaca no Centro-Oeste e Sudeste e da batata inglesa no Sudeste e no Sul. O consumo de chá é maior na região Sul. No Nordeste, destacam-se o milho e o feijão verde ou de corda, que quase não é citado nas outras regiões.

Na região Norte, destacam-se três produtos cujo consumo é muito baixo ou até inexistente no restante do país: peixe fresco, farinha de mandioca e açaí.

A frequência de consumo de vários alimentos diminui com a idade, como iogurtes, embutidos, sorvetes, refrigerantes, sucos naturais ou refrescos e em pó reconstituídos, além de bebidas lácteas, biscoitos, embutidos, sanduíches, salgados e salgadinhos industrializados.

O consumo diário de biscoitos recheados é bem maior entre os adolescentes (12,3g) do que entre adultos (3,2g) e idosos (0,6g). Por outro lado, os adolescentes tiveram menor consumo diário per capita de saladas cruas (8,8g) do que os adultos (16,4g) e idosos (15,4g).

Para os queijos, a ingestão diária foi de 3,8g por dia entre os adolescentes para 9,2g diários entre os idosos. Já o consumo de cerveja foi de 3,3g por dia para adolescentes, para 41,3g por dia em adultos, e voltou a cair para 19,8g por dia para idosos.

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